Por Marcelo Pereira
Um dos maiores segredos da administração mundial não é o funcionamento de uma ou outra organização ou a fórmula da Coca Cola. Talvez o maior segredo que os maiores administradores escondem é que a crise mundial é proposital.
Um dos maiores segredos da administração mundial não é o funcionamento de uma ou outra organização ou a fórmula da Coca Cola. Talvez o maior segredo que os maiores administradores escondem é que a crise mundial é proposital.
A Crise é resultante da ganância e de más aplicações (incluindo a má administração dos investimentos) dos próprios empresários, executivos e líderes econômicos ou pode estar sendo forjada pelos mesmos para obter favorecimentos e aumentar poder.
A crise, do contrário do que os mais ingênuos pensam, pode estar sendo benéfica para os mais poderosos. É nociva para os pequenos e médios empreendedores e para os trabalhadores em geral. Os homens mais poderosos do mundo, daqueles que falam grosso com presidentes da República, a crise, mesmo trazendo alguns prejuízos, ainda traz mais benefícios.
Através da crise, são encontradas justificativas plausíveis para cortar gastos importantes e desviá-los para o acúmulo de bens que podem aumentar o poder político do empresariado. Também favorece a fusão de empresas que transforma meros empreendedores em super-empresários capazes de derrubar todos que estejam diante de seus olhos, sobretudo a concorrência, podendo resultar em um monopólio a longo prazo. Fora outros aspectos cotidianos que podem ser facilitados utilizando a suposta preocupação com a crise como justificativa.
A Doutrina do Choque: crises legitimam abusos
A crise é muito boa para lideranças, pois ela autoriza abusos e atrocidades. A jornalista, cientista política e ativista de esquerda Naomi Klein escreveu um livro, A Doutrina do Choque, onde lança a tese, infelizmente real e várias vezes comprovada, em que lideranças usam crises e situações trágicas para impor projetos impopulares (vários deles nocivos à coletividade) que perpetuam as injustiças que favorecem estas lideranças.
Mesmo que as imposições referidas na tese por Klein se refiram a política, sabe-se muito bem que medidas impopulares raramente prejudicam as grandes corporações. Aliás, várias delas resultam da opção de lideranças políticas de proteger as lideranças econômicas, na crença de que o bem estar de grandes corporações é a garantia de equilíbrio econômico, algo verdadeiro, mas relativo.
Mas qual fato leva a crer que a crise é proposital e/ou está sendo forjada? Se lembrarmos que dinheiro não é imaterial e que a quantidade de dinheiro que circula no mundo continua inalterada, percebemos que se a renda não está nas mãos de fulano ou sicrano, com certeza está nas mãos de beltrano. Tem alguém lucrando com o prejuízo alheio. Senão a crise teria sido resolvida com mais rapidez, através da reunião das maiores lideranças política e econômicas.
Essa hesitação em resolver com relativa rapidez a crise e o fato de que o dinheiro continua circulando sugere que as maiores lideranças políticas e econômicas, no fundo, não estão interessadas em resolver a crise, o que reforça a tese de que a crise pode ser proposital.
Sabe-se que não é com excesso de trabalho e cortes de investimentos que se resolvem crises. É preciso melhorar renda e saber como aplicá-la, cortando apenas os investimentos em projetos e iniciativas supérfluas. Enquanto as autoridades não pensarem nisso, a crise será eterna e um excelente pretexto para que lideranças gananciosas aumentem seu poder e escravizem a humanidade.
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