Por Marcelo Pereira
Depois de perceber que o candidato do PSDB, partido oficial do Capitalismo brasileiro, Geraldo Alckmin, estava com a derrota garantida na eleição de 2018, a elite empresarial brasileira, que é quem realmente governa o Brasil, teve que achar alguém disposto a fazer o serviço sujo de vender as riquezas brasileiras e precarizar os direitos, salários e as condições dos trabalhadores.
Depois de perceber que o candidato do PSDB, partido oficial do Capitalismo brasileiro, Geraldo Alckmin, estava com a derrota garantida na eleição de 2018, a elite empresarial brasileira, que é quem realmente governa o Brasil, teve que achar alguém disposto a fazer o serviço sujo de vender as riquezas brasileiras e precarizar os direitos, salários e as condições dos trabalhadores.
Cientes de que candidatos progressistas se recusariam de forma convicta a fazer este serviço que beneficiaria a ganância empresarial, as elites tiveram que engolir um fascista como seu representante. Mesmo que as elites tenham um pé atrás com o fascismo, pelo menos sabiam que um fascista teria condições de aceitar fazer este serviço de destruição do país e de prejuízo do povo brasileiro.
Por isso que no segundo turno, as elites em massa, junto com as classes média que as apoiam (por pensarem ser ricas também), resolveram declarar seu apoio incondicional a Jair Bolsonaro, que traria de volta o Fascismo ao poder, com intenções claras de prejudicar (ou matar, se necessário) os mais pobres, tratados como um problema a ser extirpado da sociedade brasileira.
Não importa se seria correto matar pessoas ou não. O interesse das classes dominantes é o lucro, fácil e rápido, custe o que custar. O que importa para as elites é se salvar da crise de 2008, lutando para manter a vida nababesca cheia de privilégios e muito, mas muito dinheiro.
Em tempos de crise, as elites apelam para o Fascismo porque sabe que este regime teria a possibilidade de obrigar, na marra, a população a aceitar as limitações econômicas que favorecerão a ganância dos mais ricos, esta ameaçada pela crise agravada pela globalização que torna as nações dependentes entre si.
A crise de 1929 gerou o Nazismo
O que o Brasil vive no ano de 2019 - que estranhamente as religiões previam como um ano de prosperidade para brasileiros, o que é uma baita farsa - é uma reedição atualizada e tropicalizada do que aconteceu na Alemanha de 1930.
Os empresários alemães também agiram para favorecer o surgimento e o crescimento do Nazismo na Alemanha, pra tentar se salvar da crise econômica mundial de 1929. Não vamos ficar aqui tentando explicar porque o Nazismo não é de esquerda, pois é mais do que óbvio que conservadores e capitalistas foram mais do que beneficiados por Hitler e sua equipe de sádicos a serviço da ganância de magnatas poderosos.
Se a humanidade saiu perdendo no Nazismo, o Capitalismo foi mais do que beneficiado. Grandes empresas cresceram na gestão de Hitler, enriquecendo muitos empresários. Enquanto grande parte da população era literalmente torturada e morta nos campos de concentração, a economia dava grandes saltos, com resultados que beneficiaram apenas os mais ricos.
Isso justifica o fato de empresários zilionários apoiarem gestões fascistas. Sem a população para ser beneficiada, sobra muita riqueza nas mãos dos poderosos que aumentam ainda mais o seu poder político, tendo dinheiro para comprar legisladores para mudar as leis a seu favor.
Claro que isso é ruim para empresários mais honestos, que preferem o lucro resultante do trabalho. os empresários beneficiados pelas gestões fascistas são do tipo rentista, que não liga muito para o lucro vindo da produção e do comércio, preferindo investir grandes quantias em bolsas de valores e lucrar com as altas do mercado financeiro.
Empresários rentistas não estão nem aí para o bem estar da população. Eles não querem fregueses, querem governos que os favoreçam. Querem a mudança de leis que facilite o lucro fácil e rápido, que não dependa do trabalho para aparecer.
E nada melhor que gestões fascistas como a de Bolsonaro, Hitler e similares para que os lucros venham sem esforço, caindo na conta bancária de famintos magnatas, de forma imediata, sem esperar muito.
Por isso que as elites rentistas deram as mãos a Bolsonaro. O presidente fascista pode até arrasar com o Brasil. Mas os lucros gigantescos e rápidos de magnatas brasileiros que nunca amaram o Brasil e os brasileiros está garantidos. As custas do sofrimento alheio. Lamentavelmente.
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