Por Marcelo Pereira
Hoje, a Administração necessita urgentemente de uma novíssima fase. Mesmo com as mudanças feitas, a teoria e a prática da Administração ainda tem velhos estereótipos em sua base. Essencialmente mudou muito pouco. A Administração ainda está muito vinculada ao Capitalismo e ao ganancioso desejo pelo lucro.
Hoje, a Administração necessita urgentemente de uma novíssima fase. Mesmo com as mudanças feitas, a teoria e a prática da Administração ainda tem velhos estereótipos em sua base. Essencialmente mudou muito pouco. A Administração ainda está muito vinculada ao Capitalismo e ao ganancioso desejo pelo lucro.
Os novos teóricos que se manifestam falam em humanismo, que pessoas são o principal ativo das empresas e bla-bla-bla, mas se vê que na prática a coisa é bem diferente. As faculdades de Administração, ao invés de serem polos de formação de gestores, acabam sendo uma fábrica de a aspirantes a magnatas egoístas, gananciosos e preconceituosos. Confundem arrivismo com ambição. É preciso parar com esta mentalidade infelizmente arraigada à ideia de Administração.
O Capitalismo está velho e acabado. Tenta melhorar a sua aparência, modernizar a sua capacidade de sedução, mas não consegue enxergar que a realidade atual exige pessoas realmente altruístas (sem a hipocrisia do assistencialismo paliativo que acha que dar sopinha e futebol para pobres irá mudar o mundo). O Capitalismo age como um vampiro que gruda seus dentes em sua vítima, mesmo sabendo que não há mais sangue para sugar: o danado já chupou tudo.
É necessário haver uma Administração mais progressista, focada em pessoas. Lembrar que sem pessoas não existem objetos de gestão, sejam organizações, empresas ou qualquer tipo de pessoa jurídica. E que pessoas físicas vivem sem pessoas jurídicas se encontrarem condições favoráveis para isso, o que não é impossível.
Os novos administradores devem ser mais altruístas e reconhecer que a gestão e suas consequências só funcionam bem quando houver um maior número de pessoas com bem estar mais próximo do pleno. Todos os stakeholders devem estar bem, sem exceção. É preciso que gestores e empresários deixem de se ver como privilegiados, passando a se enxergar como responsáveis humanitários.
É difícil mudar a mentalidade, eu sei. Está arraigada por muito tempo a ideia de que a Administração é meio de enriquecer abusivamente e fabricar privilegiados. Trancados em seus escritórios muito bem refrigerados, os gestores se isolam do mundo real e fazem o possível para fugir dele, desejando que os "habitantes" do mundo de fora "se virem" para obter algum benefício, por mais essencial que seja.
Mas não é impossível mudar a mentalidade e é esta a proposta deste blog. De lançar uma alternativa à Administração predatória praticada até este instante. Uma Administração que encare a competitividade não como uma forma de rivalidade, mas como uma oportunidade de acordos, cooperação e satisfação do público-alvo. Satisfazer o cliente é que deveria ser a meta e não esticar a perna para o concorrente cair, como tem acontecido muito.
Não temos a proposta de fazer um blog didático. Acredito haver gente com maior vocação de transformar as nossas ideias em uma teoria. O que nós aqui pretendemos é lançar um debate, uma análise. Abrir uma questão. Estamos no começo e ninguém aqui está com pressa de fechar questões.
Sempre devemos nos lembrar que todos os seres humanos tem as mesmas necessidades. O maior empresário do mundo não pertence a uma espécie superior a do mais miserável mendigo: são ambos seres humanos, que tem os mesmos direitos básicos. É essa a ideia que falta nas mentes dos administradores ainda portadores da ganância e do arrivismo.
Os tempos exigem com urgência uma Administração mais humanitária e progressista, mas que passe longe do ineficiente assistencialismo paliativo que é tradicionalmente confundido como "responsabilidade social". É preciso equilibrar a renda e propor soluções que eliminem problemas, não dar sopinhas e ensinar a jogar bola. Quase todos fazem isso e o resultado está aí: desigualdade crônica e problemas que nunca acabam. pensem nisso.
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