Pular para o conteúdo principal

Com economia em crise, Itaú aumenta lucros, mas quer demitir funcionários

Por Marcelo Pereira

Interessante. Sempre ouvi falar que demissões acontecem quando empresas estão em dificuldades. Mas o caso do Itaú é bisonho: lucra estrondosamente em tempos de grave crise, mas quer demitir mesmo assim. Com explicar isso?

Na verdade, se procurarmos alguma explicação, não vamos encontrar um motivo plausível para tanta contradição. Somente a ganância, presente nos homens mais ricos do mundo e também do Brasil, pode explicar. 

É ingênuo acreditar que não existem pessoas que lucrem com crises. O próprio Capitalismo fabrica crises para se reajustar e manter a ganância. Para os homens mais ricos do mundo, distribuir renda e direitos os prejudica e eles não medem esforços em sabotar o sistema para que lucrem muito mais.

Para isso, não raramente é necessário fabricar crises e colocar no poder ditadores sanguinários para obrigar a população a se adaptar na marra as limitações impostas. É preciso que ricos não tenham apenas a renda do conforto nababesco mas também a grana alta suficiente para subornar políticos para alterar leis que legitimem a ganância capitalista.

Isso mostra porque mesmo com a grave crise econômica que destrói o Brasil aos poucos, bancos lucram muito. O prejuízo de multidões sempre foi muito bom para gigantescos capitalistas. Até porque é óbvio que o que os pobres perdem vão para as contas dos mais poderosos banqueiros.

Mesmo assim, no caso do Itaú, bancos ainda desejam demitir, para que a renda obtida para o bel prazer dos grandes capitalistas seja ainda maior. Um programa de demissão voluntária está sendo lançado pelo banco para que os já mal-remunerados funcionários não tenham mais onde cair mortos.

E assim, o Capitalismo segue feliz, com ricaços aumentando ainda mais a sua ganância, as custas do sofrimento de uma população que não consegue mais enxergar o sol no horizonte.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É ingenuidade micros, pequenos e médios empresários pensarem como os grandes

Por Marcelo Pereira A falácia conhecida como Meritocracia tem servido não só de justificativa malandra para tentar justificar as desigualdades sócio-econômicas como também de ilusão para que pequenos empreendedores sonhem um dia em virar gigantescos empresários a querer mandar em governantes. Mesmo que seja possível um pequeno se tornar gigante, as chances deste fato acontecer são extremamente reduzidas. Creio em torno de 0,0000000000000000001% de chance. Quase nada.  Normalmente grandes empresários se tornam tais através de herança, fusões com outras empresas, rentismo e ações hipervalorizadas na bolsa de valores, ajuda dos governos e infelizmente, atos desonestos (como a corrupção). Trabalho duro dá dinheiro, mas em quantias moderadas. Ninguém fica rico só porque acordou cedo e cumpriu com eficiência uma rotina de trabalho. É uma ignorância de muitos micros, pequenos e médios empresários de pensarem como magnatas, aderindo as tolices defendidas pelos ideais de di...

Investidores não são instituições de caridade

Por Marcelo Pereira Capitalistas e simpatizantes sempre tiveram uma confiança cega naqueles que eles chamam de "investidores". Para quem não entende Economia e desconhece os bastidores das relações de poder, fica a impressão de que "investidores" são uma espécie de salvadores de plantão a socorrer a sociedade nos momentos de crise ou quando há necessidade de injeção financeira. É uma versão romantizada, quase infantil de um sistema que nada tem de romântico. O Capitalismo é naturalmente cruel, egoísta, ganancioso e arrivista. Capitalistas não medem esforços para passar por cima dos outros feito rolo compressor e se for necessário prejudicar multidões para salvar os lucros dos mais ricos, se prejudica. Como está acontecendo agora no Brasil. Se aproveitando do pouco ou nenhum conhecimento econômico de grande parte da população (exemplo de que o emburrecimento da população é necessário para a manutenção dos poderosos), Michel Temer anunciou medidas drástic...

Renova Brasil: não caia nesta cilada

Por Marcelo Pereira Uma iniciativa criada por um grupo formado pelos empresários mais ricos do país, chamada de Renova Brasil, ou Renova BR, tem a finalidade de preparar lideranças comprometidas com o neoliberalismo e que criem meios sutis de evitar a justa redistribuição de renda e o progresso de instituições brasileiras, o que poderia ameaçar a  hegemonia das grandes corporações do "Primeiro Mundo" e que prejudique os interesses particulares destes mesmos empresários. Fracasso nas regiões onde a burguesia não é maioria Esta iniciativa, criada para tentar salvar o neoliberalismo, que sofreu danos com a crise econômica de 2008, que se mostra um verdadeiro fracasso nas regiões onde a burguesia não domina, é liderada por Eduardo Mufarej, presidente da Somos Educação e tem o Luciano Huck como um dos patrocinadores e garoto propaganda de iniciativa. O ancião Abílio Diniz, o publicitário Nizan Guanaez (que pediu para o "mordomo" do Golpe de 2016, Michel ...