Por Marcelo Pereira
O assunto dos últimos dias nas redes sociais foi o confirmado fim do Ministério do Trabalho pelo governo de Jair Bolsonaro, cujo responsável pelo programa de governo é Paulo Guedes, um ultraliberal na linha de Milton Friedman e que como este, trabalhou para a ditadura de Augusto Pinochet, assim como o irmão do atual presidente do Chile, o capitalista Sebastian Piñera.
O assunto dos últimos dias nas redes sociais foi o confirmado fim do Ministério do Trabalho pelo governo de Jair Bolsonaro, cujo responsável pelo programa de governo é Paulo Guedes, um ultraliberal na linha de Milton Friedman e que como este, trabalhou para a ditadura de Augusto Pinochet, assim como o irmão do atual presidente do Chile, o capitalista Sebastian Piñera.
Ultraliberais nunca foram a favor de trabalhadores. Para os adeptos do ultraliberalismo, forma mais radical de neoliberalismo (que por incrível que pareça, pouco tem do liberalismo tradicional), trabalhadores são como máquinas, sem direitos, sem vontade e que devem ser remunerados de forma mais barata possível.
Este pensamento é o que faz com que gestões ultraliberais sejam tão anti-humanitárias. Como toda ideologia conservadora, que acredita que existem níveis diferentes de seres humanos, com diferentes níveis de aquisição de direitos, os ultraliberais colocam a classe trabalhadora em um patamar bem baixo, o que favorece ainda mais o seu barateamento.
Reduzir custos é a meta de qualquer capitalista. Até aí, nada demais. O problema é que para os ultraliberais, os trabalhadores estão incluídos nos cortes. E o governo que recentemente foi eleito - por ingenuidade de muitos que acreditavam que Bolsonaro seria uma novidade - já mostra o seu desprezo pela classe trabalhadora através da extinção do Ministério do Trabalho, cujos assuntos ficarão a cargo de outro ministério, anda não informado, mas com menos destaque.
Pode parecer coincidência as manifestações de ódio contra o Partido dos Trabalhadores ocorridas durante a campanha eleitoral. Mas a extinção de um ministério que cuide dos trabalhadores tem muito a ver com o partido que representa a classe trabalhadora. Não somente era necessário tirar o PT do caminho, como eliminar os direitos de seus favorecidos, para que magnatas patrocinadores de Bolsonaro pudessem enriquecer estratosfericamente de forma garantida.
O resultado disto será catastrófico, pois o trabalho e o consumo resultante de remuneração justa - cancelada pela reforma trabalhista a ser reforçada por Bolsonaro - eram os principais responsáveis pelo desenvolvimento do país, acelerado durante as gestões petistas, sobretudo nas de Lula. Com a precarização do trabalho, o Brasil vai se estagnar em seu subdesenvolvimento.
Agora apareceram os reais motivos do golpe de 2016, novela cujo desfeito ocorre agora de forma bem triste, com a eleição de um presidente que intencionalmente promete arruinar o Brasil e os brasileiros. Eleger Bolsonaro foi uma infeliz decisão que desde já cobra seu caríssimo preço, a ser pago justamente por quem tem menos condições de pagá-lo.
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